A comédia politizada Morango e Chocolate dos diretores Tomás Gutiérrez Alea e Juan Carlos Tabió; é com certeza um dos melhores filmes de todos os tempos, foi ganhadora de muitos prêmios, entre eles o Prêmio Especial do Júri do Festival de Berlin e a indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Um filme que na visão de alguns pode demonstrar ser um mero filme crítico, politicamente direcionado (principalmente por se tratar de um filme cubano), entretanto, para mim trata-se de um precioso material para debate, simplesmente um grande filme; que questiona as vertentes do regime Cubano, num apetitoso jogo de sedução do culto professor homossexual Diego, interpretado pelo brilhante ator Jorge Perugorría; para com o jovem comunista estudante universitário David, personagem representado por Vladimir Cruz.
Dentro de um divertidíssimo diálogo, o filme abordada, de forma bem sutil e ao mesmo tempo com muita inteligência e sensibilidade, questões de conscientização política; cultura; história; regimes políticos; militância; amor; sexualidade... questões, que resultam numa história que é (resumindo) todo o contexto de Cuba.
“A “macheza” de David em contraste com a “delicadeza” de Diego fazem um contraponto entre o regime de mão de ferro de Fidel e o romantismo revolucionário de Guevara. Realmente, se há algo permeado no discurso fílmico e nos diálogos entre os dois atores, é a máxima de Che:”Há de endurecer-se mas sem perder a ternura, jamais” . No fim, entre a ternura do morango e a densidade do chocolate, melhor é saborear os dois. Um grande filme, repleto de humor, alegria, consciência sem panfletagem e amor, muito amor." Completa Afonso Rodrigues no site: http://www.poppycorn.com.br.
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