Período de grandes turbulências. Turbulências pessoais, profissionais, políticas, econômicas, regionais, nacionais e internacionais [não precisamente nessa mesma ordem]. A passagem de um ano para o outro parecia não querer realizar-se. Em meio a grandes momentos, alguns de estudo, outros de sentimentos, encontros, reencontros e lembranças, o mundo "euforificava-se" [se aceitarmos esse termo como um verbo], mesmo alguns ousando em euforificar-se melancolicamente.
Eleições de presidentes negros nos EUA. Aclamações de como a solução para todos os problemas do mundo podem ser encontrados através da ORDEM. A representação da eleição de um branco-negro, como um avanço na luta racial?
Seria mesmo isso? Ou seria mais um retrocesso no debate sobre a (BEM)dita "consciência política"? Ou quem sabe, mais uma grandiosa conquista da onipotente, da onipresente, democracia burguesa?
Diante da crise instabilidades e incertezas se apresentam e são apresentadas pela mídia de forma ridícula. Viramos a página do ano dois mil e oito com a certeza de não ter certeza de nada sobre o futuro dessa sociedade capitalista. "Cientistas" econômicos, fazem discursos do tipo:
"É preciso esperar para ver até onde vai essa correção, porque não se sabe até onde vai essa crise." (Jason Vieira)
"Se a crise for temporária, pode voltar a estabilidade." (Rogério Mori)
Muito enchimento de salsicha!
Seguimos com os preparativos para as possibilidades históricas!
Patrícia Ribeiro
"É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nosso sonho. De observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias. Sonhos, acredite neles"
[Vladimir Ilitch Lenin]
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