quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Enxerto de Amor


Enxerto minha alma com pedaços de amor
Um amor que me alimenta e me aprisiona
um amor que machuca e faz sorrir
Me obrigando a seguir sobre esta linha tênue
do limite entre a razão e a loucura

Na parede do meu quarto as mesmas fotografias
representam uma inútil tentativa de resistir ao tempo
um tempo que escorre por entre meus dedos
E brinca de “vai e vem” com minha mente
se divertindo com minha fúria

Sinto ainda seus lábios sobre minha tatuagem
uma alegre incerteza da intenção dos seus beijos
reflete a certeza de estarmos juntos
por algo que está para além do agora
pra além de nós

Um novo aroma exala sobre minha pele
Um aroma saboroso
perfume que impregna e não faz questão de chamar a atenção por onde passa
um cheiro de chuva
ou seria um cheiro de mar?

Acho que não...

É um cheiro de chuva caindo no mar!


Libélula

Nenhum comentário: