segunda-feira, 16 de maio de 2011

CARNE – Patriarcado e Capitalismo

A Kiwi Companhia de Teatro apresenta gratuitamente o espetáculo “Carne”, que pretende discutir a opressão sobre o sexo feminino e a desigualdade ente os sexos que se manifesta nos espaços público e privado.

Inspirado na autora austríaca Elfriede Jelinek, em notícias de jornais, estatísticas de violência contra a mulher, e em textos da historiadora Michelle Perrot, a peça discute as relações profundas entre patriarcado e capitalismo, mostrando, através de procedimentos épicos ou “pós-dramáticos” (segundo a expressão de Hans-Thies Lehmann), o panorama da opressão de gênero e a situação específica da violência contra as mulheres no Brasil.

Em cena, duas mulheres apresentam estatísticas, representam pequenas histórias, mostram bonecas infantis, pintam-se obsessivamente, enunciam trechos bíblicos e cantam músicas discriminatórias enraizadas no imaginário popular brasileiro. Além disso, imagens publicitárias e de obras de arte contemporâneas, são projetadas numa grande tela.

O espetáculo foi realizado com o apoio da Lei de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo e tem direção e roteiro de Fernando Kinas e, no elenco, Márcia Bechara e Fernanda Azevedo.

Confira abaixo as próximas apresentações, todas gratuitas e seguidas de debates:


CARNE – CAPITALISMO E PATRIARCADO

Centro de Cidadania da Mulher Parelheiros: 17 de maio (terça-feira), 14h – Rua Teresinha do Prado, 119. Parelheiros. São Paulo.

Instituto Alana (Rede Livre Leste): 20 de maio (sexta-feira), 15h - Rua Erva do Sereno, Jardim Pantanal, 548. São Paulo.

Centro de Cidadania da Mulher Capela do Socorro:24 de maio (terça-feira), 14h – Rua Professor Oscar Barreto Filho, 350, Parque América/Grajaú. São Paulo.


CICLO DE FILMES GÊNERO EM MOVIMENTO

Ciclo de filmes realizado pela Kiwi Companhia de teatro/Cooperativa Paulista de Teatro em parceria com Ação Educativa e Hip hop Mulher, com apoio do Centre Audiovisuel Simone de Beauvoir (Paris)

Bajo Juarez. Laciudad devorando a sus hijas, de Alejandra Sánchez e José Antonio Cordero (México, 2007), 96 min. Documentário sobre a morte de mais de 400 mulheres durante os últimos 15 anos em Ciudad Juárez, uma vila de operárias na fronteira com os Estados Unidos. O filme dá a palavra às parentes das mulheres assassinadas, às mulheres que vivem em Juárez sob ameaça constante de violências e às jornalistas que procuram revelar a verdade por trás destas mortes.

Dia: 19 de maio,(quinta-feira), às 18 horas debate com Sonia Coelho e Miriam Nobre (Sempreviva Organização Feminista e Marcha Mundial das Mulheres)

El dia que me quieras, de Florence Jaugey (Nicarágua, 1999), 61 min. O cotidiano de mulheres policiais e assistentes sociais dentro de uma delegacia de mulheres e da infância em Manágua.

Apresentação do curtametragem Sarará, de Tiely Queen (Brasil, 2002), 10 min.

Dia: 27 de maio, sexta-feira, às 18 horas debate com Tiely Queen (Hip Hop Mulher) e Carla Bezerra (Marcha Mundial das Mulheres e Gestora Pública)

Local: Ação Educativa (Rua General Jardim, 660, Vila Buarque, São Paulo)

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