quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Loucuras recicladas

Mais um momento de crise. Loucuras começam a querer escorrer com a tinta e manchar o papel. Que agora é reciclável! Uhum! “Ecologicamente correto”.

Não sei mais... Acho que as loucuras se perderam em suas próprias loucuras, e as loucuras de suas loucuras se perderam em outras (loucuras, das loucuras, das loucuras de minhas loucuras); caindo assim, num abismo sem fim, e provavelmente com volta.

Outra vez estou só. Nem minhas loucuras mais me fazem companhia.
Imagine só: Nem minhas loucuras me suportam! Que tipo de ser humano sou, que não consigo manter ao meu lado “minhas” próprias loucuras.

“Minhas!” Como se algum dia eu tivesse tomado posse com a compra de alguma delas. Como uma propriedade que agora só pertence a mim. Lógico que isso é loucura! Como posso querer me apropriar de minhas loucuras? Elas podem sobreviver sem mim. Elas têm auto-suficiência, não precisam que ninguém as diga o que têm que fazer, ou não!

Esse é um bom motivo pra fugir.

Nenhum ser “vivo” aceita se submeter a outro ser, vivo ou não.

Submeter seus desejos, sentimentos, atitudes, pensamentos; a outro? Ao desejo, sentimento, atitude, pensamento; de outro.

Mas... será que fiz isso?

[momento de auto-crítica]

Patrícia Ribeiro

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