 
  Sexta-feira (01/05/09), 60 famílias ocupam a Fazenda Cabeça de Boi no município de Poçinhos-PB.
O INCRA já havia declarado que a área, com 700 hectares improdutivos, está apta para a desapropriação, porém a proprietária, Maria do Rosário Rocha, não aceita o valor da indenização.
As famílias montavam os barracos, quando pistoleiros e possíveis policiais à paisana (sem farda) começam a rondar o acampamento, atirando contra as famílias. Logo em seguida os mesmo pistoleiros puseram fogo no veículo que servia de apoio ao movimento: um carro Fiat Palio, ano 2003.
Informações completamente contrárias as notícias divulgadas pela imprensa. O fogo atiçado pelos pistoleiros feriu várias pessoas que estavam construindo seus barracos.
Às 3 horas da madrugada do sábado, a polícia militar, agora fardada, sob o comando do Tenente Jonat Midore Ysak, cerca o acampamento e exige que os Sem Terra desocupem a propriedade.
Além da impossibilidade de realização do despejo, por conta do horário, os policiais não levaram nenhum mandado de reintegração de posse; ou seja, um despejo ilegal, sem autorização judicial.
Durante o despejo das famílias, sete acampados são presos e levados para uma casa onde sofrem violentas agressões físicas. Dentro da casa, os policiais jogam querosene sob os sete trabalhadores Sem Terra, um deles encontra-se com queimaduras de terceiro grau no braço. Em seguida os sete trabalhadores são levados para a delegacia de Poçinhos, onde dois ainda permanecem presos e cinco foram liberados após várias torturas.
Sábado, por volta das 22 horas, os dois presos realizaram exame de corpo de delito. No exame a identificação das torturas, muitas marcas no corpo e um deles ainda apresentando fratura na costela. Os outros cinco farão o exame de corpo de delito na segunda-feira (04/05/09), eles apresentam vários indícios de agressões físicas.
 
 
 
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