Por um sistema de transporte coletivo municipal de qualidade sob controle da população!
Segundo estudos do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) o custo com transporte coletivo vem crescendo com o passar do tempo. Enquanto que em 2000 o trabalhador que morava em cidades de grande ou médio porte chegava a comprometer 18,7% do salário com o pagamento de passagens de ônibus, dez anos depois, ou seja, em 2010, este percentual passou a comprometer 20% de seu orçamento mensal, o mesmo percentual gasto com alimentação.
Estes números denunciam o absurdo que é o sistema de transporte coletivo no Brasil, pois enquanto os empresários do setor enriquecem cada vez mais com seus super lucros, a população usuária (trabalhadores, desempregados, estudantes, donas de casa etc) é obrigada a conviver com um serviço caro e de péssima qualidade.
É contra este descalabro que a população de diversas cidades brasileiras vem se mobilizando desde dezembro do ano passado para protestar contra os abusivos aumentos na tarifa do transporte coletivo, a exemplo de Porto Alegre, São Paulo, Recife, Salvador, Vitória e João Pessoa.
Em Campina Grande o quadro não tem sido diferente. Desde quando o Conselho Municipal de Transporte Público anunciou o reajuste da passagem de ônibus de R$ 1,80 para R$ 2,10 (em dezembro último, portanto, um período em que estudantes e diversas categorias de trabalhadores estavam de férias, dificultando assim uma possível reação) diferentes setores da sociedade civil, através de suas entidades representativas sindicais, popular e estudantil, vêem procurando se contrapor a tal medida, através da realização de atos públicos, distribuição de panfletos com a população e denúncias na imprensa local. Mesmo que o movimento não tenha conseguido barrar de todo este processo, pois o senhor prefeito homologou o aumento de R$ 1,95, as entidades envolvidas resolveram continuar na luta. Para isso mesmo criaram o Fórum Popular Permanente de Transportes Coletivos de Campina Grande com o objetivo se contrapor ao atual conselho tarifário, um órgão obsoleto que só se reuni para legitimar os aumentos abusivos estabelecidos pelos patrões e seus aliados.
Nesse sentido, o Fórum vem se reunindo periodicamente e estabelecendo algumas estratégias de intervenção política na luta por um sistema de transporte coletivo público de qualidade e com controle social. Para isso reivindicamos:
1-Retorno da tarifa de R$ 1,80, conforme planilha elaborada pelo Fórum Popular Permanente de Transportes Coletivos de Campina Grande
2-Realização de debates públicos ao longo do ano de 2011 para discutir o sistema de transporte coletivo municipal como um todo, contando com a participação de entidades representativas da sociedade civil
3-Auditória para averiguar os super-lucros dos empresários do setor de transporte público municipal
4-Modificação da composição e dos objetivos do Conselho Municipal de Transporte Público.5-Por um sistema de transporte público municipal de qualidade sob controle social.
FÓRUM POPULAR PERMANENTE DE TRANSPORTES COLETIVOS DE CAMPINA GRANDE: INTERSINDICAL; CSP/CONLUTAS; CONSULTA POPULAR; SINTAB; ADUFCG; ADUEPB; DCE/UFCG; DCE/UEPB; PSOL; OPOSIÇÃO CLASSISTA NO SINTEP; 
 
 
 
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